terça-feira, 25 de setembro de 2012


Gamba de estimação -I


Uma Gambá passeava
Nas pedras à beira mar,
E o grande cão que espreitava
Correu logo pra atacar!

Ela tentou se esconder,
Seus filhotes abrigar,
Uns conseguiram correr
Com o cão a lhes caçar!

Consegui mandá-lo embora
E das pedras me aproximei...
A gambá, morreu na hora,
Mas os filhotes, chamei.

Escondidos me olhavam
Com olhinhos assustados,
E sair não se arriscavam:
Estavam apavorados!

Logo a noite chegou
E o velho mar cresceu...
Em suas ondas os levou,
Minha alegria morreu.

No outro dia nem rastro,
Na praia de pedras, ficou.
Os pequenos gambazinhos
O faminto mar tragou!

Tristonha, passei o dia
Tentando esquecer a cena;
Se a praia era de alegria,
Agora é de dar pena...

Aqui, o mar é bem perto,
Basta a rua atravessar,
E se está tudo deserto
Bem longe se pode olhar.

E a trepadeira da janela,
Da sala onde eu escrevo,
Senti algo subir por ela...
Contarei? será que devo?

Veja só! foi um filhote!
Veio atrás do meu chamado!
Chegou triste, o meninote,
Bem tristinho e assustado!

Logo o acariciei
E dei-lhe uma frutinha,
Ali mesmo, na janela,
Com água e mais comidinha.

Pensam que ele foi embora?
Virou o meu companheiro!
Se leio um poema, agora,
Ele é quem ouve primeiro!





Procurando-lhe um nome,
Vitor, foi o escolhido.
E escolheu-me pra mamãe
E é meu filhote querido!

E vou lendo e ele ouvindo.
Este escapou por um triz!
Não parece estar sorrindo?
Dizendo que está feliz?

Elischa Dewes___________


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